domingo, 31 de agosto de 2014

Sobre starbucks


 Acho que todo mundo já passou pela experiência de pedir um café no Starbucks e ele vir com o seu nome escrito errado. Inclusive existe um Tumblr só para mostrar que isso é bastante comum.
Tem gente que fica muito bravo, como se os atendentes escolhessem escrever o nome das pessoas errado. Eu procuro ser mais compreensiva. Ainda mais agora que eu passei a trabalhar e tenho que lidar com nomes o tempo todo e sei como é fácil se enganar, principalmente quando você passa o tempo todo correndo tendo que servir pessoas que muitas vezes não tem paciência.
Por isso não liguei muito quando aconteceu comigo.

Hoje eu fui ao Starbucks com a minha mãe e pedi um Mocha Menta com um sanduíche. Eu queria muito saber fazer um igual ao de lá. Sei que não é difícil, inclusive já achei muitas receitas na internet, mas não fica a mesma coisa e isso me frusta muito. ):
Um dia aprendo e fica igual, 'cês vão ver!

Depois de pedir fiquei esperando no balcão vendo se eu aprendia como fazer as bebidas até que:

- Maura! Maura! Maaaaura! Maura!

"Nossa" pensei comigo "Mas essa Maura não vai pegar o pedido dela não? Que horror. Eu ein, as pessoas são muito engraçadas. Depois vão ficar reclamando da demora."

E depois a mulher dos sanduíches começou a chamar por essa tal de Maura também e nada dessa mulher aparecer. Até que eu me toquei de que essa tal de Maura poderia ser eu e que na verdade ela só escreveu o meu nome errado.



Se bem que não vejo como alguém poderia confundir Paula com Maura, mas se existem pessoas que confundem Arbex (meu sobrenome) com Cubex, por que não?

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Sobre formas de encarar a vida

Parece até estranho, mas são dias ruins que me dão inspiração e vontade de vir escrever aqui. Não é porque eu sou pessimista ou goste de sofrer, não. Não sou sadomasoquista e nem gosto de atrair coisas ruins para os meus dias, mas parece que eles dão certa emoção à vida.

Pensa só, seria muito chato se tudo desse certo. Não teria nada pra contar e não seria assim tão interessante para os outros porque ninguém liga se tudo saiu como planejado pra você. Quero dizer, ninguém a não ser os seus pais ou alguns amigos. O resto não liga se a sua receita de bolo deu certo, se você e o seu namorado fizeram aquela posição do kama sutra sem câimbras ou se você ganhou na loteria. Normalmente quando as coisas são boas as pessoas tendem a invejar, mesmo sem querer, e aí as coisas desandam. Você e o seu namorado brigam porque a posição não foi tão boa ou ele queria comer pizza ao invés de sushi naquele dia e ficou remoendo isso até finalmente falar com você; ou então o seu bolo não deu assim tão certo e as pessoas só disseram aquilo pra te agradar, mas depois de uns dias a verdade finalmente veio à tona quando você foi com a sua família a um restaurante e eles disseram “Nossa, mas esse bolo tá MUITO melhor que aquele seu, o outro tava massudo, sei lá hahahaha”; ou que na verdade você não ganhou dinheiro na loteria, mas sim um prêmio de consolação.

É por isso que ninguém gosta muito de comentar as conquistas. Ninguém que eu digo que tenha um pouco de juízo na cabeça e já tenha tido experiências suficientes para entender que se você quer que algo dê certo, evite ficar explanando. Guarde com você. Só conta depois que terminou ou já deu certo. As chances de sucesso são melhores.

Claro que vez ou outra algo ruim acontece, mesmo você não tendo falado nada pra ninguém e nem ter saído da sua casa. E ou você fica bravo com cada coisinha errada que acontece, ou releva.

Pra um estranho que não me conhece e só me vê conversando com as minhas amigas e elas rindo, nunca poderia imaginar que na verdade eu estou contando algo de ruim que aconteceu no meu dia. Nem mesmo quem me ouve contando entende que o que estou relatando foi ruim. Não que todos sejam insensíveis, mas existem várias formas de contar uma coisa, e eu sempre escolho a divertida. Todo mundo gosta de rir do sofrimento dos outros. Não é à toa que em filmes de comédia tem sempre alguém que toma no cu e todo mundo ri à beça.

A vida imita a arte.

Uma colega me perguntou quando foi que eu comecei a usar esse artificio. Honestamente não lembro. Só percebi que era muito melhor contar uma coisa ruim de uma forma divertida, do que contar de uma forma igualmente ruim. Eu ficava de mau-humor, aumentava o problema, e ninguém sabia o que fazer e eu acabava ficando irritada com as pessoas.

Mas ao fazer graça, todo mundo ria - inclusive eu -  e os problemas pareciam diminuir e quando me dava conta nem ligava tanto assim se o bolo estava ruim, ou se o namorado estava bravo e se o prêmio da loteria não era dinheiro como eu esperava.  Eu começava a ver o dia com outros olhos.


E recentemente eu comecei a fazer algo ainda melhor. Sempre quando eu lembro, começo a escrever em um papel tudo de bom que aconteceu no meu dia. Podem ser coisas mínimas como pegar um ônibus e ter lugar pra sentar, ou encontrar 10 centavos no chão. Qualquer coisa que aconteça e que tenha sido consideravelmente boa, eu anoto. E toda vez que algo ruim acontece e eu fico bloqueada emocionalmente pra sentir algo bom, eu leio o papel e tudo passa. Parece estúpido, mas realmente funciona pra mim. Às vezes não tem jeito, você tem que ficar bravo mesmo, mas pra que ficar bravo eternamente por uma coisa que já aconteceu?

domingo, 10 de agosto de 2014

Sobre planos diabólicos para o verão

A partir dessa semana minha vida volta à programação normal. Uma correria só. Com trabalho de manhã, faculdade à tarde e curso à noite e aos sábados. Eu até sinto falta. Dessa correria. É bom descansar, mas sinto falta da adrenalina, a vida me acostumou a estar sempre correndo.

Gosto também das férias. De descansar, mas não por tanto tempo. Três meses é demais.  Mas assim como todo mundo, já estou aqui contando os dias para as próximas. Já até acertei o meu app de contagem regressiva pra me deixar na expectativa.

Além de todo mundo gostar de férias, todo mundo gosta de fazer planos para curtir o tempo sem nada para fazer. Quem nunca fez uma lista? Ou planejou uma viagem? Planos mudam, destinos de viagem também, mas a gente sempre fica planejando e contando os dias. E eu não sou diferente.
Para as férias de Janeiro/2015 eu vou viajar com a minha família. Uma semana. Viagem em família!



 O que pode ser bom ou ruim. Família é sempre complicado.

Desde já minha mãe começou a arquitetar um plano diabólico para o verão:
O projeto “Deixando a minha família gordinha enquanto eu fico magrinha”, ou como eu gosto de chamar “Plano João e Maria”.
É. Como a história, só que sem a parte de que estamos engordando para servir de comida mais tarde.
Minha mãe tem uma mania muito feia. Quem vem aqui em casa talvez não perceba, mas em todas as fotos de família, todo mundo tá meio esquisito. O que é normal, levando em consideração de que é foto de família e nessas ocasiões você raramente sai bonito. Aqueles com olhos mais atentos, no entanto, irão perceber que nas fotos a única pessoa aceitável é ela.

Quando eu reparei nisso pela primeira vez, achei que fosse implicância minha. “Oras,” pensei “Isso não é possível. Ela não pode ser tão cara de pau”. Mas pasmem. Ela é sim. Comecei a reparar nas outras fotos espalhadas pela casa, e era isso mesmo! Em todas as fotos a única pessoa aceitável ela era, enquanto isso eu e os demais estávamos assim:





O Objetivo do Plano João e Maria é nos deixar acima do peso para, nas fotos de família da nossa futura viagem, ela não precisar ter que ficar se justificando do por que só ela está bonita nas fotos. Ninguém vai querer colocar foto pela casa em que você está cheinho E com uma cara estranha. Ninguém vai argumentar contra isso.
Então é por isso que ela anda comprando doces. Muitos doces. E sorvetes, e todos os doces gostosos que nós gostamos de comer. E a gente come, porque né. Tem em casa é pra comer.
Mas ela não come. E sempre oferece. Acho que gosta de ver a gente comendo e pensa "HAHAHAHA, MAL SABEM ELES"

-       Quer um bombom?
-       Quer um sorvete de menta com chocolate?
-        Já ofereci um bombom? 
-       Um pedaço de bolo?
-       Um sonho?

E por aí vai. E quem somos nós pra dizer não?
Sei que nós temos a opção de não aceitar, mas é muito difícil!

É por isso que eu fico feliz com a volta às aulas. Quem sabe agora com a faculdade eu lute contra esse plano diabólico. Já que mal vou parar em casa, quem sabe. 



segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Você devia escrever sobre essas coisas que acontecem no seu trabalho...

“Você devia escrever sobre essas coisas que acontecem no seu trabalho”. Assim disse a minha mãe depois de me ouvir relatar o que tinha acontecido no meu dia, e consequentemente no meu trabalho. Como, na verdade, acontece todos os dias. Diariamente eu chego e a procuro para começar a tagarelar sobre o meu dia e os infortúnios; ou se o dia for bom, as maravilhas que aconteceram comigo desde o momento em que saí da minha cama quentinha.

Apesar de ter explicado a ela que não seria uma boa ideia, aqui estou. Escrevendo sobre o que deu origem a essa postagem que vocês vão ler em seguida, eu acho.  Claro que não vou escrever sobre o trabalho (acho também), porque isso não seria bom. Vai que alguém encontra isso aqui e resolve mostrar pra alguém e esse alguém mostra pra outro alguém e por aí vai até chegar a alguém do meu trabalho e a pessoa do meu trabalho diz: “hahaha isso é bem engraçado, até parece que eu já vi isso em algum lugar! Hahahaha pera....”

E aí vocês já viram. Não sei vocês, mas não quero ficar desempregada, então se tiver mesmo que falar sobre o trabalho, vai ser assim, bem rapidinho e talvez eu até mude o ambiente. Ao invés de começar com “Lá no meu trabalho...”vai ser “Lá na padaria do seu Zé...”Ou qualquer coisa do tipo, aí vocês fingem que acreditam. Sei que vocês conseguem.

Enfim,

Faltam exatamente oito dias para as minhas férias terminarem e eu voltar a mais um  animado semestre dos cinco que tenho pela frente. Eu tinha planejado fazer uma série de coisas enquanto  me matava de estudar para as provas do segundo semestre da faculdade, dentre elas:
  • ·       Treinar teclado;
  • ·       Assistir séries/filmes;
  • ·       Ler livros;
  • ·       Dormir;
  • ·       Fazer cursos;
  • ·       Cozinhar mais
  • ·       Me exercitar mais;

E bem, acho que só. Consegui cumprir boa parte da lista, não posso dizer que assiduamente, mas de vez em quando eu ia lá, e fazia algo.

Pra ser sincera não gosto muito de férias. Não gosto de não ter nada para fazer. Me chamem de louca ou de resultado triste dessa nossa sociedade atual, mas eu realmente me sinto incomodada quando tenho muito tempo livre.  Não porque eu odeie tempo livre, é só que eu simplesmente não sei o que fazer com ele. Então foi bom ter tido um estágio para me manter ocupada durante uma parte do dia. Pelo menos eu estava me ocupando e ganhando dinheiro. O que é sempre bom.

Mas dentre as coisas que eu queria ter feito nessas férias e acabei não fazendo era justamente isso o que eu estou tentando agora. Faltando oito dias para que elas acabem.

Acho que isso é um efeito indireto do fato de não gostar de férias. Eu só funciono sobre pressão. E agora eu vou ficar me pressionando para escrever alguma coisa, pelo menos umas vez por semana, porque durante as aulas eu vou ficar morrendo de vontade de escrever um blog e vou dizer a mim mesma que não.