domingo, 30 de novembro de 2014

Sobre São Paulo

Esse mês fui a São Paulo com dois amigos para o Comic Con Brasil. Apesar do evento não ter sido lá aquelas coisas (absolutamente decepcionada), a viagem foi super bacana.

Nunca tinha ido a São Paulo, a não ser para pontes aéreas ou escalas e nunca fiquei em solo paulista por mais de 5h. Então passar um fim de semana por lá foi muito legal. Sem falar que foi a primeira vez que viajo com dois amigos pagando por “tudo”. Tudo bem que pedi ajuda para ver o bilhete aéreo, mas só. O resto foi tudo por minha conta e risco.


Como já faz um tempo que voltei (viajei no dia 14/11), não vou lembrar de tudo, então vou enumerar as coisas que fizemos por lá e os lugares que vimos:



O Hostel não poderia ter sido melhor.  O lugar era super bem localizado e aconchegante. Nem acreditei quando entrei.
Foi a primeira vez que me hospedei em um hostel e tinha uma imagem completamente diferente do que seria ficar em um.
Mas o Brazilodge foi uma primeira experiência muito bacana. Tudo era bonito e limpo e eu me senti super em casa.


Do lado do Hostel tinha um mercadinho e ficávamos uns 15 minutos da estação de metrô Ana Rosa. 
O pessoal do Hostel era super simpático e a gente tinha direito a café da manhã.


Além do metrô e do mercadinho também tinha farmácia e uns bares caso você quisesse sair a noite, então super valeu a pena.

Como dividimos o valor da diária por três, ficou em conta; mas talvez o preço seja ruim para quem vai sozinho e não quer dividir o quarto com estranhos.




2) Guia turístico

Eu fiquei bastante preocupada quando me dei conta de que não sabia andar em São Paulo. O que é normal em qualquer situação na qual você está visitando pela primeira vez um lugar novo. Durante o vôo, eu e os meus amigos ficamos pensando em como poderíamos pegar um táxi sem que o taxista nos enrolasse. Até chegamos a tentar imitar o sotaque.

Mas não precisamos de nada disso porque quando desembarquei um amigo meu estava me esperando para me levar ao Hostel. O que foi bem legal da parte dele (obrigada, Kii!). Ele acabou sendo o nosso Guia durante a maior parte da nossa estadia.

Nesse primeiro dia, depois de termos finalmente chegado ao Hostel, ele nos levou a um restaurante muito bom!

3) K'pop Chicken



K’POP chicken é um restaurante especializado em frango, com influências da cultura pop e gastronomia de Seul. O ambiente moderno e informal é perfeito para compartilhar bons momentos com os amigos e aproveitar o que a vida tem de melhor. Nosso cardápio vai muito além da crocância do frango, também possuímos pratos coreanos adaptados ao paladar brasileiro e bebidas alcoólicas típicas para tornar toda a experiência gastronômica mais divertida.
Gente, sem comentários pra esse restaurante. É muito muito muito bom!
É tipo um KFC, mas muito mais gostoso e barato (eu achei). O restaurante tem outras coisas além de frango, mas a gente só comeu isso. hahahaha
Além do restaurante, também tem uma área para jogos onde você pode sentar mais a vontade e conversar.



Nós até queríamos ir de novo, mas não deu. Com certeza na próxima vez nós iremos lá!
Além disso, é perto do metrô (estação Santacruz), então não tem desculpa para não ir. Quem quiser dar uma conferida:

Rua loefgreen 1278 - Vila Clementino - São Paulo
De Terça à Sexta das 17:00 às 22:30 / Sábados o dia todo até às 22:30

4) Pessoas do transporte em SP/Metrô de SP.

Não sei se tem a ver com a cidade ser muito grande, ou a gente que falava muito diferente, ou se eles que estavam de má vontade mesmo, mas é muito difícil pedir informação pro pessoal de transporte. Tipo, muito mesmo.
Isso foi desde o taxista que não sabia nos levar para o Hostel (o que aconteceu mais de uma vez), ao que pediu para usar o aplicativo Waze, ou então ter que fazer mímica e pedir pela amor de Deus pro motorista do ônibus me avisar em que ponto descer (e mesmo assim o homem não me avisou!)
Muito difícil mesmo, por isso a gente evitou usar táxi e ônibus e elegemos o metrô como nosso melhor amigo.


No início fiquei bastante assustada com o número de linhas do metrô e pensei "vou ter que ficar usando táxi pra sempre porque com certeza vou me perder...". Mas foi bem tranquilo. É só você ler as placas que tudo vai dar certo. Nós não nos perdemos nenhuma vez e o metrô nem foi tão assustador quanto pensei que seria. 
A única coisa que achei um tanto quanto estranha foi o movimento das pessoas, que era bem grande se comparado ao do Rio de Janeiro, mas mesmo assim não teve nada de anormal. Dava pra andar tranquilamente pelo metrô e a gente pôde até sentar.

Super aprovado.

Menos o pessoal do transporte público. Esses podem ter umas aulas de como dar informação pra turista.

5) Clima
Como só ia passar um fim de semana em SP, não levei muita roupa. Olhei a previsão do tempo e dizia que ia estar nublado, com um pouco de sol e a mínima seria de 16, então não levei roupa de frio frio, só levei uma calça-jeans, uma meia calça (que chegando lá descobri que era uma Segunda pele!) e um casaco leve. Nada para pegar um frio.

E Deus, pra que.

Não estava TÃAAAAAO frio, mas frio do tipo "poxa, quero um casaco", e eu não tinha nada. Nem meia. Então assim, digamos que levei um tapa na cara.

Entendam: 16 graus é frio. Pelo menos se você é carioca.

Ainda sobre clima, mas agora sobre cultura: Carioca não pode ver sol que já acha que está calor, e já vai colocando um short, uma blusa regata, o óculos de sol, já está se preparando pra praia.
Então no sábado quando acordei de manhã e vi que estava sol, vesti o meu shorts e uma blusa mais leve pra não passar calor durante o dia.
Depois do café da manhã, nós fomos pegar o metrô para ir à Liberdade e percebi que estava todo mundo de calça. Todo mundo mesmo. E todo mundo me olhando. Perguntei aos meus amigos se tinha alguma coisa estranha comigo e eles disseram que não, mas eu era a única usando shorts.



6) Pessoas
É antiga a rixa entre paulistas e cariocas, mas eu não sei ao certo da onde surgiu isso. Só sei que os dois se odeiam.




E antes que eu continue:

  • Biscoito: A origem da palavra biscoito está em duas palavras francesas: "bis" e "coctus", que significam cozido duas vezes. 
  • Bolacha: Mais seco, mas a forma de preparo é a mesma, porém, não vai ao forno duas vezes.

(Viram só, meu blog também é cultura)

Encontrei dois tipos de pessoa em SP: os que gostam dos cariocas e os que não gostam.
A maioria era de boa, tratava a gente bem e ficávamos rindo do sotaque (seja eles com o nosso, ou a gente com os dele). Os que não gostavam ficavam fazendo piadas pejorativas, mas a gente só ignorava, ou ficava rindo depois. Tipo a menina do McDonalds que falou que quem nasce no Rio é "Rio de Janeirence".

Mas fora isso, o pessoal de SP foi super maneiro.

7) Liberdade


Deixei o melhor para o final para falar o quanto fiquei feliz por ter finalmente conseguido visitar a tão famosa Liberdade. Fiquei muito feliz de ter ido lá. Fiquei louquíssima, como achei que ficaria; gastei muito dinheiro, como achei que gastaria; vi muita coisa maneira, como achei que veria; e quis voltar lá de novo, como achei que iria querer.
Não pude ver tudo porque era muito muito muito cheio e eu comecei a ficar de saco cheio de ter que me esquivar das pessoas, mas foi muito legal.


Achei as coisas meio caras depois que parei para analisar (tipo esse M&M que custou R$6 cada), mas na hora eu nem liguei. O impulso falou mais alto, e o de menta super valeu a pena.

Acho que é por isso que Deus não dá asa a cobra e eu não tenho tanto dinheiro sobrando assim, se não Liberdade me sugava. 

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Férias, onde estão?

Oi, gente, olha quem voltei!

Desculpem a ausência, mas final de período é um estresse só. Quem convive sabe o quanto foi tenso e o quão zumbi eu estava por conta das provas. Na verdade, acho que quando chega final de semestre você entra no modo zumbi mesmo. É uma coisa inerente às provas, não tem como escapar. Bem, a não ser que você não ligue para notas, aí acho que tudo bem.

Todo dia durante duas semanas eu só queria chegar em casa e dormir, mas nãaaao, tinha que estudar. Ou pelo menos era isso o que eu dizia para mim mesma enquanto ficava presa no trânsito da Barra, mas na real?


Mas eu tentei, e os Deuses do estudo sabem o quanto tentei.
Ao menos já está terminando e eu já consigo sentir o cheiro das tão amadas férias!

Porém, ainda tenho mais uma semana...



Tão perto... E ao mesmo tempo tão longe...

domingo, 2 de novembro de 2014

Sobre transporte coletivo

A Barra pode ser bem ruim, mas tenho que reconhecer que o transporte privado oferecido por alguns condomínios aos moradores é um tremendo adianto de vida. Então, desde que me mudei, raramente pego um ônibus comum, só quando estou com muito preguiça de esperar o transporte privado, mas às vezes até vale a pena esperar. Só o fato de saber que eu vou estar sentada, com ar condicionado e sem gente se esfregando em mim já é um alívio. 

Mas também tem os seus pontos negativos. Não é porque o ônibus é privado que as pessoas são mais educadas que aquelas do transporte público. Muitas vezes elas são até piores.
Por exemplo, no privado, sempre tem aquela pessoa maravilhosa que acha que a mochila/bolsa/casaco/perna/etc tem que sentar na poltrona do lado. E muitas vezes você, cidadão trabalhador e cansado após um dia longo de trabalho, tem que procurar um lugar sem mochilas para sentar. 
Ou então aquelas pessoas que veem você entrar, vocês trocam um olhar, e ela rapidamente se finge de morta para não ter que levantar. E você fica com pena de acordar a filha da mãe ou não porque vai que ela na verdade só estava semiacordada e você vai atrapalhar o sono dela?
Também tem aquela gente que tá há um tempo sem falar com a família e resolve colocar a fofoca em dia dentro do ônibus, e acha que você também é obrigado a saber que a Letícia pegou o namorado da Sabrina e que depois disso as duas se descobriram lésbicas e o Ricardo, ex-namorado da Sabrina e ex-peguete da Letícia, ficou sem ninguém e acabou entrando para a igreja. Essas também são ruins.
Mas o pior mesmo é aquele tipo de pessoa que acha que você quer bater papo com ela, sendo que na verdade você só tá muito cansado e só quer dormir. Mas nãaaao, a pessoa resolve falar com você o caminho inteiro, e não importa se você está com fone de ouvido, ou fingindo dormir, ela vai falando e falando e falando e falando e você se pergunta: Por que Deus?
Às vezes acho que além do aviso de "proibido fumar", deviam colocar um "Por favor, fiquem em silêncio".

Mas, como eu disse, às vezes vale a pena. Pensei nisso hoje quando saí com uma amiga minha (oi, Yuu!) e pegamos o metrô.
Foi um dia bem atípico no metrô. Primeiro porque hoje é domingo, feriado e o metrô estava cheio. Cheio, tipo, dia de semana, 17h, horário de pique depois do expediente.
Além disso, todo mundo gosta de ir à praia, principalmente quando faz sol. Então o metrô estava cheio pra caramba, com todo mundo meio semi-nu, molhado, bebendo cerveja, suado, falando alto e enfim, bem clima de domingo pós-praia. 
Mas nada é pior do que estar em um lugar fechado, cheio de gente e de repente um infeliz soltar um pum. 
Sério.
Eu sei que às vezes não dá para controlar, é mais forte que você, mas gente. Por favor. Não. Não. Não. Que você morra por causa de um peido entalado, mas não faz isso dentro do metrô. Principalmente quando ele acabou de fechar as portas e todo mundo lá dentro vai ter que esperar pelo menos uns dois minutos para poder ter um pouco de ar novo. Porque você vai estar condenando todos lá dentro à uma morte terrível. As pessoas nunca sabem o que fazer em uma situação dessas. Se respiram, se não respiram, se se abanam, se procuram quem está com a mão amarela.
Fica todo mundo meio atordoado. 

Lembrem-se que eu falei que hoje foi um dia atípico no metrô. O pum foi ruim, mas é algo normal do ser humano. No entanto, esse gerou uma comoção dentro do vagão.

- AHHHH, NÃO. NÃO. QUEM FOI?
- MANO, POR QUE, VAI SE FODER. QUE FEDOR.
- PEIDOU MAL PRA CARAMBA EIN
- QUEM FOI
- TEM CRIANÇA AQUI DENTRO, POR FAVOR
- SOCORRO
- AI MEU SENHOR, QUE QUE ISSO

Sou dessas que fica rindo em uma situação constrangedora. E a minha amiga também, ficamos as duas rindo tentando respirar até que o vagão parou, umas pessoas saíram, mas o cheiro ficou.
Acho que isso é o pior. O cheiro sempre fica. 

- AHHH, A PESSOA SAIU E O CHEIRO FICA. BONITO
- VISH, OLHA A BRIGA
- JOGA ELE NOS TRILHOS

E todo mundo correu para a porta para ver a briga.
O que eu mais gosto de brigas, discussões e afins, são os boatos. É interessante ver a nossa capacidade de mudar, construir, alterar uma história tão rápido e em tão pouco tempo. A história que o pessoal do nosso vagão inventou foi que os homens estavam brigando na plataforma porque o cara A tinha soltado um pum e o cara B tinha ido tirar satisfação. 
O vagão ficou parado por um tempão até algum segurança apaziguar a briga, o que não foi de todo ruim porque deu tempo do cheiro sair.

Enquanto estava lá tentando respirar fiquei pensando em como gostava do conforto dos ônibus privados, mas que sentia falta do transporte público por causa dessas histórias. Metrô/ônibus comum nunca me decepciona no quesito de coisas interessantes para se contar.