sexta-feira, 26 de junho de 2015

Quase lá

Um dia talvez eu entenda porque sempre deixo tudo para a última hora quando é para mim. Por exemplo, em trabalho de grupo eu sou a primeira a querer terminar tudo logo porque depois não tem estresse, não tem aquela adrenalina de que tudo tem que dar certo... Ou pelo menos eu começo pensando assim, depois eu vejo que nem sempre dá para a gente contar com esse tipo de coisa, e que muitas vezes as pessoas gostam de viver no limbo entre entregar um trabalho nota dez feito na calma, ou um trabalho que você sinceramente não põe muita fé e que foi feito duas horas antes do horário de entrega.
Mas fazer o que, são coisas da vida e cabe a você lidar com esse tipo de adversidade.
Como sempre, recorro ao blog para escrever qualquer coisa porque faltam dois trabalhos gigantecos para fazer e um eu nem terminei.

*Update: Bem, agora falta só uma prova, e depois eu estarei livre. Já posso sentir o gostinho das férias e sinto o meu coraçãozinho se encher daquele incrível sentimento de "PUXA VIDA, TANTAS COISAS PARA SE FAZER, TANTOS VÍDEOS PARA ASSISTIR, TANTAS SONECAS PARA TIRAR", muito embora eu saiba que não farei metade do que planejo, mas sempre anseio por esse momento, e quem sabe essas férias serão diferentes.

Ai, ai, férias...
Tão longe, e ainda assim tão perto.


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Aventuras em Buenos Aires


No penúltimo dia da nossa viagem, minha amiga Paula, e eu* queríamos conhecer uma livraria chamada El Ateneo Grand Splendid que fica na Rua Santa Fé, 1860 no bairro da Recoleta. Antes o espaço era um teatro, o Grand Splendid, e depois transformaram em uma incrível e gigantesca livraria conservando a arquitetura original do local.

*Sim, temos o mesmo nome!

É muito bonito o interior e se você gosta de livros, pode adicionar na sua lista de "must-see" porque vale a pena. Não serviu muito pra mim porque eu não falo espanhol, mas se você acha que arrasa nessa língua, vai lá. Tá esperando o que?
Além dos milhares de livros, ainda tem um café onde antes ficava o palco. Não tive a oportunidade de ir nele, mas parecia ser bom já que estava bem cheio.

Como estávamos bem longe do nosso hotel, aproveitei para jogar no ar a ideia de passarmos na Sephora, que pra quem não conhece, é uma loja gigantesca de cosméticos e coisas assim.


Quem sabe era mais barato comprar lá? Eu bem estava querendo uns hidrantes novos, né... Que mal tinha nisso?
Peguei o meu mapa e andamos mais um pouco até termos nos perdido e eu precisar parar para olhar e quem sabe perguntar para alguém na rua???

Uma coisa que eu notei, pelo menos das vezes em que perguntei alguma coisa, é que os argentinos das ruas são mais perdidos que cego em tiroteio. Não sei se por preguiça de explicar como fazer para chegar a um lugar, ou por simplesmente não saberem mesmo, mas era muito difícil pedir informação, pelo menos na rua. Se você entrasse em uma loja ou café e perguntasse, o pessoal até te ajudava.

E a gente fala de brasileiro tentando falar espanhol, mas argentino tentando falar português também é um negócio muito triste, meus amigos. É bem triste porque se você não estava entendendo nada antes, imagina com eles tentando falar alguma coisa que não conhecem. Complicado. Acho que o feeling é o mesmo, então na dúvida, falem a língua que conhecem.

Então, lá estava eu e a Paula, paradas no meio da rua, procurando os nomes das ruas e conversando à beça, quando no meio de um riso vejo o sorriso da Paula se apagar rapidamente. Como eu estava empenhada em achar onde diabos estávamos, não dei muita atenção, achei só que seja lá o que eu tenha dito, tinha perdido a graça. Porém, percebi que ela não falou mais nada, só olhava pra alguma coisa em algum lugar e eu fiquei curiosa para saber o que era. Daí olhei para o rosto dela.

E pra que.

- Você viu onde ficava a Sephora?
- Vi, sim. Ficava perto.


- Você entrou no site oficial da Sephora e viu se tinha loja aqui na Argentina?
- (puxa, Paula, como você não pensou nisso antes?) Ahn...
- Por favor. Olha para a outra rua.


-...
-...
-... Pô... Desculpa.
-...
- Foi mal, migs, não fiz de propósito.
-...
- Você quer... Ir a outro lugar?
- Eu estou muito brava.
- Eu sei! Mas não fiz por mal.
- Tô muito brava mesmo.
- Vamos sentar em algum lugar, então?

Fiquei meio triste porque né, fui enganada. Apesar de que, eu deveria ter pensado que seria uma ótima ideia entrar no site oficial antes de procurar no Google. Mas ótimas ideias são assim mesmo, demoram a brotar em mentes brilhantes. (haaaaaaaaaaaaaa)

Sentamos em uma galeria e eu tentei fazer com que a Paula esquecesse que estava brava comigo, e depois de um tempo o que era uma história chatíssima ficou bastante engraçada. Ao menos será uma história inesquecível, né?

Outra coisa sobre brilhantes ideias é que elas surgem quando você menos espera e normalmente quando você está passando um perrengue. No caso, eu estava tentando fazer com que a situação não ficasse tão ruim, enquanto falava com um amigo meu, quando ele disse:

- Mas onde vocês estão?
- Na rua tal.
- VEM CÁ, TEM COMIDA E CACHORRO.

Na verdade ele não disse isso, mas foi o que eu filtrei e aceitei porque sou dessas.

Como a Paula não queria andar, a gente pegou um táxi, mas caso você se perca a caminho da Sephora como eu, aqui vai o mapa do lugar que a gente foi:


Que era um lugar perto da casa dele, e depois de ter comido toda a comida da casa e feito carinho no cachorro, foi onde ficamos descansando a perna.


Eu já tinha ouvido falar do lugar e lido sobre ele em uma das minhas pesquisas pra saber o que fazer em Buenos Aires, mas como não fizemos nada do planejado, achei que não fosse ter a oportunidade de conhecê-lo. Fiquei muito feliz de ter ido nele de surpresa porque valeu super a pena.

Tem em vários lugares de Buenos Aires, mas esse ficava no Museu Nacional de Artes Decorativo, na Av. del Libertador 1902.  

Não entrei, mas parecia ser muito bonito.



Também não tirei foto do que comi porque acho que a vida é muito curta pra esse tipo de coisa, e sempre quando eu penso “puxa, queria tirar uma foto disso”, já é tarde demais. Mas nada do que tinha no cardápio parecia ruim ou menos gostoso (talvez tivesse laranja de mais no meu Petit Gateau, mas isso sou eu).

No final, o que tinha sido uma tarde meio bad vibe pra gente acabou sendo super agradável e se eu pudesse ficava morando por ali mesmo.