Foi mal aí, pessoal |
Infelizmente eu ainda não sou uma dessas meninas que vivem de blog e o meu tempo livre, tempo no qual eu escolho postar algo aqui, nem é tão livre assim. Eu o divido entre os meus estudos e não fazer nada. Porque não fazer nada também é importante. Ficar deitada na cama olhando pro teto e esvaziar a mente de tudo o que aconteceu no dia é importante. Chegar em casa e comer com calma é importante. Brincar com o seu cachorro é importante. Olhar para a janela e se deixar ficar enquanto o vento passa pelo cabelo e faz cócegas no seu rosto é importante. Aproveitar essas pausas que a vida te dá é importante.
Mas ainda mais importante, pelo menos para mim no momento, é estudar. Para quem não sabe eu estou no quinto período de Jornalismo e eu gosto de levar essas coisas a sério. Nunca curti ser uma aluna mediana, muito embora as minhas notas no colégio tenham sido péssimas e o meu primeiro semestre na faculdade não tenha sido tão bom. Mas depois do ensino médio eu mudei.
Sempre fiquei em recuperação e minha vida acadêmica era assombrada pelo medo de repetir o ano. Antes eu achava que o maior problema seria repetir e ter que estudar em um colégio público, coisa que a minha mãe dizia para colocar "medo" na gente, e não é que funcionava? hahahaha Como se isso realmente fosse definir algo da vida. Conheço pessoas incríveis e de caráter muito melhor que estudaram em colégios públicos diferente da maioria das pessoas com as quais estudei em escolas particulares. Mas isso a gente só se dá conta depois.
Teve um ano da minha vida no qual eu pensei ~é esse o ano que eu repito~. E era diferente dos outros anos. Tipo a certeza de que você vai morrer. Você pode ter achado isso outras vezes, mas quando você realmente percebe que tem algo errado, é diferente de todas as anteriores. Naquele ano eu tive certeza de que um certo professor iria fazer de tudo para me reprovar, e foi aí que eu mudei.
Tive dificuldade em acompanhar as matérias, por vezes tirava notas mais baixas, mas os professores viam que eu estava me esforçando e eles até tentavam me ajudar mais. Continuei colando nas provas de exatas porque aí é pedir muito, mas pelo menos eu acompanhava as aulas e tentava entender as fórmulas do quadro.
Nunca as entendi, e graças a Deus eu acho que nunca mais vou ter que me estressar com isso. Mas depois daquele ano eu comecei a estudar e, principalmente, a gostar de estudar. Não só porque as minhas notas melhoraram, mas porque a minha mãe ficava super feliz. Toda vez em que eu mostrava uma nota 8 ou 10, ela ficava muito animada e eu me sentia muito bem por poder retribuir o que ela faz por mim pelo menos um pouquinho.
Meus pais nunca ligaram para nota, e minha mãe muito menos que o meu pai, mas era evidente que me ver em recuperação a deixava triste porque eu ficava sofrendo. Além de claro, estragar as férias.
Depois que eu percebi que estudando ela ficava feliz, tudo mudou. E agora eu estudo para recompensar, agradecer e poder dar um pouco de orgulho a ela que sempre se matou de trabalhar para realizar, de uma maneira ou de outra, os nossos desejos. Estudo também para poder ter um emprego e conseguir sair logo da Barra porque ninguém merece. hahahaha
É por isso que às vezes eu não vou poder postar no BEDA. Além de ser uma das razões pelas quais o blog não é atualizado frequentemente. Meus dias são muito cheios com faculdade, trabalho, academia, trânsito para chegar em casa, fazer coisas normais e estudar. Às vezes realmente eu não consigo postar.
Sei que não é tão difícil, até porque muitas pessoas ganham a vida com o blog, mas elas trabalham com isso. Na maioria das vezes não é só um mero lazer. Elas ganham para manter o blog ativo e eu ainda não estou nesse patamar.
Quem sabe um dia quando eu tiver mais tempo, mais assunto, ser mais organizada e ter mais visão de empreendimento eu consiga tirar algum lucro disso aqui, né?
Mas por enquanto eu não posso porque tenho que focar na faculdade, e agora os professores resolveram me passar 500 textos para ler e eu tô me virando nos 30 para poder dar conta de todos os compromissos que assumi.
Enfim, eu só queria explicar essa parte da minha vida e não deixar ninguém triste por causa do BEDA que eu tô tentando atualizar sempre, mas às vezes não vai dar.
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