sexta-feira, 14 de agosto de 2015

BEDA#7 - Academias

Talvez eu esteja um pouco alcoolizada enquanto escrevo essa postagem? Sim. Então me perdoem com os possíveis erros. Provavelmente vai parecer que eu perdi mais um dia de BEDA, mas eu juro que tentei postar antes de meia noite.


Essa semana eu comecei a frequentar uma academia. Sempre gostei de me exercitar, apesar de ser bastante preguiçosa e isso ser um tanto paradoxal.
Ultimamente eu tenho estado satisfeita com o meu corpo, mas flacidez sempre foi algo que me incomodou. Então esse ano ao invés de só ficar reclamando com o quão flácida eu estava, resolvi tomar uma medida contra isso. Demorou um pouco (um pouco mais que a metade de um ano), mas na segunda-feira fiz o que devia ter feio há muito tempo e me matriculei em uma academia.
Aproveitei que ela é do lado do meu trabalho, assim posso me exercitar rápido e de quebra ainda espero o trânsito para a Barra diminuir.

Apesar disso, eu nunca fui muito fã de academias. Eu sempre achei um ambiente meio esquisito, meio hostil até. Não pensei que eu pertencia aquele lugar e eu sabia que as pessoas que frequentavam aquele local iriam sacar logo de cara que eu não era uma deles.

Então no meu primeiro dia (uma segunda-feira, olhem só!) eu marquei avaliação com um professor que parecia bem simpático, mas bastante confuso com a minha presença naquele lugar.

- Você é o Fulano?
-... Sou.
- Meu nome é Paula. Disseram que você iria me ajudar a começar. É o meu primeiro dia.

E foi assim que começou.
No início eu fiquei muito incomodada porque tinha muita gente e eu ficava meio sem graça em fazer os exercícios, mas depois ignorei já que todo mundo estava ocupadíssimo em terminar a série prescrita pelos profissionais auxiliares.

Toda hora o meu instrutor me perguntava se eu estava cansada e eu sempre dizia que não, que estava bem. Muito obrigada por se preocupar. E ele sempre erguia as sobrancelhas e me dava um sorriso amarelo que eu ignorava também porque minha batata da perna tinha começado a tremer freneticamente e eu não queria que ele notasse.

No segundo dia da semana estava toda dolorida. Parecia que tinham arrancado um pedaço da minha perna e eu adiei os meus planos de ir à academia todos os dias. Talvez três vezes por semana seja o suficiente por enquanto. Afinal de contas, sou só uma reles mortal.

No terceiro eu já estava um pouco melhor e achei que não precisaria mais do meu instrutor. O papel dele era só montar a minha série e isso ele já tinha feito. Porém, quando fui me aquecer na esteira, ele apareceu do nada e fez uma expressão de surpresa ao me ver ali. Acho que ele não acreditava no meu potencial.

- Você veio!
- Sim!
- Vou te ajudar se precisar, tudo bem?

E foi assim que ele ficou me seguindo pela academia durante todo o meu tempo lá dentro. Tudo bem que eu não lembrava a maioria das coisas que tinha que fazer ou quais máquinas usar, mas eu fico muito nervosa com gente atrás de mim que nem um encosto.

Notei que a academia estava mais vazia e como não sou boba nem nada perguntei a ele quais eram os dias mais vazios para malhar e ele disse que a partir de quarta-feira as pessoas começam a desistir de passar por lá. Algo me diz que eu já achei os meus dias ideais para me exercitar.




Nenhum comentário:

Postar um comentário